O autismo e seu diagnóstico: como foi com o Lucas?
Com o avanço da medicina e mais divulgação de uma série de informações, não apenas o diagnóstico, mas também o comportamento das pessoas vem se modificando quando se trata do Transtorno do Espectro Autista. Na época em que o Lucas foi diagnosticado, na década de 1990, eram levados em consideração 13 comportamentos para classificar uma pessoa como autista e ele se enquadrava em 12 deles, razão pela qual foi considerado um caso clássico.
O prognóstico era bastante severo e foi preciso buscar muitas informações para entender o assunto, assim como procurar tratamento fora de Belém. Foi uma época muito desafiadora, mas hoje, como mãe do Lucas, acredito sinceramente que tudo o que fizemos para que ele se desenvolvesse da melhor maneira possível poderia ser feito por outros pais com maior ou menor dificuldade.
Muita gente diz que o Lucas é uma exceção. Meu filho é classicamente um autista e passamos por isso em uma época na qual não havia um tratamento específico para combater as características do transtorno. No nosso caso, o trabalho de estimulação para reorganização neurológica feito nos Institutos Véras, tendo como base o método Doman, foi fundamental para o desenvolvimento do Lucas.
Eles nos orientaram e ajudaram a tratar nosso filho, mas, em casa, diariamente, seguíamos com uma rotina de inúmeros estímulos. Tudo foi feito de maneira muito personalizada, razão pela qual não serviria para outra pessoa, já que cada um é um. Não conseguíamos ver o resultado de cada estímulo separadamente, mas as respostas do Lucas a cada um desses estímulos no dia a dia nos motivavam a continuar, nos dando a certeza de que estávamos no caminho certo.
Casada com Raimundo e mãe da Amanda e do Lucas.
Arquiteta e Urbanista e por força do destino, dedicada a trazer uma luz de esperança para famílias, que como a minha, receberam para seu filho ou filha, o diagnóstico do Autismo.
Atuando nas Hqs do Lucas, como roteirista e mãe do autor e ilustrador.